FASHION RIO - 5º DIA

ASSISTI 3 DESFILES:

Coven, Luiza Bonadiman e Graça Ottoni

COVEN

Comercial, mas com personalidade bem definida, a Coven investe na estamparia de matizes orientais vindas dos quimonos, conseguindo os melhores momentos dessa série nos vestidos com diversos patches do final do desfile, como o de Daiane Conterato.

O fio Rayon e o fio metálico, junto ao algodão, é boa solução têxtil. De novo, entretanto, forma e proporção não acompanham essas inovações. Sem ser uma temporada brilhante para a marca, o verão da Coven terá presença garantida no guarda-roupa de suas muitas fãs/compradoras.

LUIZA BONADIMAN

A pequena Luiza Bonadiman fez o melhor desfile até aqui no Fashion Rio. E não apenas de moda praia. A estilista era uma espécie de “best kept secret” da temporada carioca, mas com esta coleção conquista o posto de hot-ticket. Passou para uma sala maior, o que é quase um erro, porque dá vontade de ver de pertinho a excelência do acabamento das peças. Erro? O único.Seu verão é brilhante, e faz todo mundo colocar a mão na cabeça e pensar: como ninguém pensou nisso antes? Ela recorta, desloca, despenca pedaços de maiôs e biquínis, levando a linguagem do beachwear para novos territórios.

GRAÇA OTTONI

Os looks tipo safári amassadinhos, usados com lenços transpassados, são mais leves, mas logo dão espaço aos arabescos rosa sobre bege em proporção giga. Ao final, longos megafloridos que todo mundo já deve ter no armário desde os anos 70.

FASHION RIO - 4º DIA

Assiti 2 desfiles:

Eliza Conde e Victor Dzenk q para mim foi um dos melhores da temporada

ELIZA CONDE:

A tradução costuma ser uma roupa onde todos os clichês do “sensual” escorregam e ficam over. Alguns vestidos eram curtos demais, algumas das transparências gratuitas, algumas pernas apareceram demais através de fendas sem propósito. Bordados de pedrarias e tranças com fios metálicos também não ajudaram a aliviar esta coleção um pouco pesada demais. Os melhores momentos foram dados pela boa malharia - destaque para o pequeno cardigã com trança no decote e o vestido com nós em malha cor de palha e pelos modelos mais esportivos como a camisa listrada de azul com colete acompanhando.

VICTOR DZENK

Depois de passear pelo Rio de Janeiro, o estilista agora foi se aventurar na arte barroca e em cidades históricas. A coleção teve os florais-tendência sim, mas diferentes dos outros - foram tirados do fundo dos oratórios, ou seja, são vintage! A moda de Victor é sempre sensual. Tem decote na frente ou nas costas, tem fenda, tem shortinho balonê dourado. Mesmo quando são amplos, os vestidos em gaze de seda, seda ou jérsei caem de forma que mostrem as curvas do corpo da mulher. Tudo isso aparece de novo - ou seja, suas clientes já tem peças garantidas para o verão. E mais: em outras estampas marcantes. Quem acha exagerado ou perua realmente não é mesmo o público da grife - que enxugou o desfile e não trouxe nenhuma cartola com a língua do Rolling Stone enlouquecedora. Correto, brilhante, esvoaçante e aplaudido de pé no fim da apresentação.