SANTA EPHIGÊNIA:
O
tema foi a África. No entanto, de lá, Luciano Canale não trouxe nada do que se espera da moda africana: nem algodões estampados, nem cores vibrantes, nem amarrações, nem acessórios multicoloridos. O que se viu foram cores totalmente neutras, como os cinzas, beges, castanhos, off-whites e pretos. As formas eram secas e os tecidos trabalhados em bordados, texturas ou discretas e bonitas estampas. Especialmente acertado um "poudré degradé" (leia-se um degradê pulverizado) que ia do cinza chumbo ao branco. Luciano fez muitos vestidos curtos e alguns conjuntos de duas peças compostos de blusões curtos, com grandes golas drapeadas, usados com calças compridas em forma de triângulo, as novas baggy. Os vestidos eram ajustados e pelo joelho, tanto para os de jérsei leve com mangas amplas como para os mais estruturados em lãs e os bordados. A Sta. Ephigênia deixou de lado a nostalgia da alta costura para fazer uma coleção mais atual e mais perto da mulher elegante (mas prática) que a marca parece querer vestir. 
fotos: Márcio Madeira
Comentários: Glória Kalil
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